quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lençois de água...

Envoltos no desejo, onde os corpos se tocam mutuamente e a respiração se confunde com a falta da mesma..




Toco-te!



Observo-te a silhueta e o cabelo suave. Contorno a anca com os dedos e a tua pele nua estremece.



O primeiro suspiro acompanhado do gemido tímido que se solta em ti.



Apesar da contemplação, fechas os olhos com aquele prazer que só o toque já te vai preenchendo.



Encostas-te a mim. A pele macia como se só lençóis de água nos cobrissem.



Desço a mão por entre as tuas pernas. Sinto o calor que vem de ti num desejo irrequieto.



A vontade torna-se incontrolável

pela luta corpo a corpo...








... em voluptuosas arenas,


sentidos suados, banhados em profusos lençois

de água...





Abundância

Cadência

Desassossego





Soltam-se, nas luzes da ribalta

os gestos que inflamam,

e queimam a pele, reclamando...

... mais!





... e mais!






Exquisite corpse


... de olhos fechados!



A primeira parte foi escrita por mim,
a segunda foi escrita magníficamente pela Venus in Red, a qual deixo aqui um enorme beijo e uma piscadela de olho.